quinta-feira, 11 de março de 2021

Tutorial Carregador de celular para bicicleta


Confira neste vídeo meu tutorial para montar um carregador de celular para bicicleta

domingo, 10 de janeiro de 2021

História da Caloi 10 - Pioneira da velocidade


Mais um mini-documentário da história dessa magnífica bicicleta chamda Caloi 10!

quinta-feira, 20 de agosto de 2020

Conde L. Terranova


História da Monareta:  Uma grande pequena Monark

<iframe width="560" height="315" src="https://www.youtube.com/embed/Um1r2apxpKY" frameborder="0" allow="accelerometer; autoplay; encrypted-media; gyroscope; picture-in-picture" allowfullscreen></iframe>


Você vai ver a história da bicicleta brasileira mais jovial e brilhante de todos os tempos, e um verdadeiro fenômeno que permanece nas lembranças no acervo de todo colecionador. 

A Monareta teve sua origem como uma nova tendência que apareceu nos anos 60 particularmente surgida na Inglaterra com a excêntrica Moulton: As bicicletas compactas e portáteis.  Com a vertiginosa popularização do automóvel nos países desenvolvidos, o mercado de bicicletas mundia se viu obrigado a desenvolver produtos diferenciados que atendessem a um novo público, e nesta década em que esfervecia o movimento Hippie e a contra-cultura, as bicicletas portáteis cairiam em cheio no gosto do público jovem.

Em 67 a Caloi trouxe a primeira bicicleta dobrável do Brasil; a Berlineta. A Monark não perde tempo e no mesmo ano lança a sua portátil, homônima do famoso ciclomotor de sua fabricação. Nascia então a primeira Monareta. Com um sistema de travas por borboleta, a versão Gemini desmontava-se em duas partes tornando fácil seu transporte por outros veículos ou guarda-la dentro de casa. Eram oferecidos selim com capas de cores sortidas e alforges estampados para o bagageiro que nesta primeira geração era destacável. O cobre corrente apenas neste ano seria exclusivo do modelo, sendo substituído no ano seguinte pelo modelo Asa, das demais bicicletas da linha e logo depois em 69, o modelo peixe na linha 2001, que destoava bastante do desenho do quadro.

A primeira geração da Monareta se despedia na linha Olé 70, embora com grande êxito, ainda atrás de sua concorrente Berlineta. Mas a Monark não aguarda o ano seguite, e já no natal daquele ano, lança a 2ª geração da Monareta. Baseada na sua equivalente sueca Crescent, foi lançada na vesão portátil "Dobramatic" e seu desenho era totalmente reformulado; bagageiro integrado ao quadro, de formas retangulares e harmoniosas. O entre-eixos ficara mais longo e o chassi mais robusto para o preso de uma pessoa adulta. O sistema de dobra substituía Gemini, e oferecia mais praticidade com trava de rosca manual. 

Agradou logo de cara, mas curiosamente, na linha Brasil Luxo 71 a Monark ainda manteve em linha a primeira geração por alguns meses, como uma versão de entrada, possivelmente para esgotar o estoque excedente de quadros e componentes. Neste ano chega a famosa versão especial Jet Black, uma Dobramatic com acabamento mais requintado e focada no público masculino.  Para a Linha Águia de ouro 72, a imperceptível mudança na altura do tubo do canote do selim, e no ano seguinte, Brasil de ouro 73, o cobre corrente modelo Avião e nova paleta de cores. Chegaram nesse ano também as versões infantis Mirim, aro 14 e 16.

Em 1974 já como versão especial que posteriormente substituiria a Jet-Black, a Monark lança a Linha Fantástica, na série Águia imperial 74. Com diferenciais sensíveis em relação a versão comum da Monareta como selim tipo banana e um estranho guidão preto de duas peças, nascia ali a 3ª e mais bem sucedida geração. As linhas retas do bagageiro tornaram o desenho mais moderno, e o detalhe curioso do para-lama traseiro curto com um pequeno lameiro à ponta, que permitia empinar a bike sem raspar no asfalto. Apesar de ser seu ano de despedida, modelo de segunda geração Água imperial 74 é um dos mais fáceis de se encontrar, provavelmente por coexistir com sua sucessora, sendo assim uma versão de entrada mais acessível. Possivelmente por ser considerado um quadro de desenho mais seguro para as crianças, a segunda geração permaneceria na versão infantil Mirim, até o fim de sua produção.

Na série Centauro 75, a 3ª geração reformula a linha, subdividida em Monareta Standard, Dobramatic e Monareta Cross, uma dobrável ao estilo Chopper, com guidão longo sustentado em suporte duplo e garfo de espiga tripla com duas coifas simulando suspensão. Essa versão com o tempo perderia a opção dobrável, pois sua proposta se chocava com a de uma bicicleta portátil, e no ano seguinte se estende as versões infantis. A compacta Monark já não se segurava nas lojas e ultrapassava enfim a Berlineta, se consolidando como carro chefe da marca. Os três anos seguintes da série 5 estrelas foram de poucas alterações em toda linha, reservadas apenas aos grafismos. A Monark se concentrava em sua campanha publicitária para fazer frente a crise econômica que atingia o petróleo.

Foi na linha Tropical 79 que enfim chegaram, além dos marcantes grafismos coloridos em padrão verde, laranja e amarelo, o novo cobre corrente modelo Facão, e para-lamas arrendondados. Para a versão especial agora focada no público infanto-juvenil, chega a Kross II, com quadro redesenhado e entre-eixos mais curto, o bagageiro era destacável, lembrando muito a Monareta de primeira geração. Também era oferecida versão luxo com selim tipo Banana. A Monareta atingia seu áuge em 1980, na série olímpica, e no ano seguinte, a Kross II passa a se chamar Monareta L e SL com selim banana, e se despedia neste ano a 3ª geração de quadro reto, dando lugar em 82 a última geração. A nova Monareta trazia desenho mais arejado, que com a dobra de apenas um tubo em formato semitrapézio compunha o bagageiro ligando movimento central, eixo traseiro e tubo do selim. Para os componentes se destacavam o guidão mais curvo e o cobre-corrente duplo. As alterações se estenderam a Monareta L e SL, adotando o mesmo bagageiro da série comum, tinha o quadro redesenhado e guidão de duas peças. Exemplares bastante raros e não bem sucedidos, sendo então a última versão especial da Monareta, com exceção da curiosa versão de dois lugares Tandem, apresentada daquele ano até 84.

Os anos 80 contudo seriam marcados por uma nova febre, baseada nos esportes Bicicross e modalidade Freestyle. Com o lançamento do filme "ET", de Steven Spielberg, a Caloi consolida seu lançamento de maior sucesso; a Caloicross. A Monark concentra sua publicidade no seu modelo BMX, e começa então o declínio da veterana compacta da Monark, e em 86 a versão portátil Dobramatic, já não aparece no catálogo. Entretanto a Monareta seguia mais despojada, como bike de entrada, atendendo a um público fiel principalmente feminino haja vista sua excelente flexibilidade ergonômica, mas já não tinha o mesmo vigo de outrora. Em 90, após 23 anos de produção, sai da fábrica a última Monareta, e curiosamente naquele mesmo ano, encerrava-se também a produção do ciclomotor que dera seu nome.

As duas décadas seguintes seriam marcadas pelo esquecimento das bicicletas compactas, e com todo o mercado concentrado quase exclusivamente na Mountain bike, tendo todos os demais seguimentos em segundo plano. Veículo cada vez mais relegado estritamente ao esporte e lazer, não mais fazia sentido explorar seguimentos diferentes de bicicletas versáteis até que, na década de 2010, com o saturamento do automóvel e a necessidade de se discutir alternativas de deslocamento, voltaram à cena as compactas dobráveis dando a possibilidade de um transporte prático e intermodal, como a Durban e Blitz. Mas a precursora Monareta não só permaneceu na lembrança dos que viveram sua época de ouro, como também conquista mais admiradores por onde se passa a bordo de uma, mesmo depois de 30 anos do fim de sua produção. Peça obrigatória de todo colecionador, para todas as idades será sempre a mais jovem bicicleta brasileira.


sexta-feira, 24 de julho de 2020

A Monark Barra Circular.




Veja agora a história de um dos modelos mais lonjevos ainda em fabricação no mundo, e que se tornou símbolo da bicicleta brasileira


Famosa por ser uma utilitária resistente, feita para o trabalho e o transporte em terreno rural e acidentado, a Barra Circular teve uma origem bem mais ocasional do que se imagina. Há muito o Brasil já demandava por bicicletas resistentes e feitas para o transporte, e a partir dos anos 60, a Monark já fabricava bicicletas com quadro reforçado, como a Monark Brasilialna e a BR 65.. Mas foi com a série Rei Pelé de 1966 em homenagem ao crack da copa do mundo daquele ano, que teve início a história da bicicleta que se tornou a utilitária mais popular do Brasil. Não se sabe ao certo o que inspira o círculo no interior do quadro, elemento que daria nome ao modelo posteriormente, embora a hipótese mais provável seja a própria bola de futebol, que também naquele ano teve representação tridimensional como adorno do para-lama dianteiro.

Em 67, no embalo da corrida espacial entre Estados Unidos e União Soviêtica que virara tema recorrente da época, surge a linha Galáxia, com estilo futurístico em seu farol embutido e refletor no estilo turbina a jato. Foi suscedida no ano seguinte pela linha 2001, em apologia ao filme "2001, uma odisséia no espaço", de Stanley Kubrick. Dentre as poucas mudanças, o conhecido cobre corrente peixe, que permaneceria até 72.

Mas o destaque viria em 1970, com o retorno da temática futebolística à linha, que embora sem mudanças significativas, se tornou a mais conhecida pela conquista brasileira do tri campeonato mundial: a Linha Olé 70. No ano seguinte, a linha Brasil de luxo 71 aposentava a primeira geração da Barra Circular e seu alto quadro curvo, dando lugar a Série Águia de outro 72. Totalmente reformulada, adota então pela primeira vez o padrão que permanece até hoje. De quadro mais baixo para atender a grande variedade de estatura do Brasileiro, e os tubos-suporte do canote formando o apoio do bagageiro que apenas naquele ano saia integrado ao quadro por solda, fato que levou muitos proprietários a serrar o componente, tornando a geração mais curta da história da Barra Circualr ainda mais rara de se encontrar hoje. No ano seguinte, na 3º geração: Brasil de Ouro 73 a Monark corrigiu o bagageiro passando seu arco à frente do tubo do selim. Dentre as mudanças dessa geração, estava o novo cobre-corrente modelo "avião", e o aro 26 como padrão.

Em 1974, a grande crise econômica mundial afeta o petróleo, levando o preço do barril as alturas. Os postos de gasolina são fechados a noite e nos finais de semana. A Monark lança a linha Águia Imperial 74, seguida no ano seguinte pela Centauro 75, sem grandes mudanças além dos grafismos. Contudo a crise levaria a colocar em questão alternativas ao uso dos combustíveis fosseis, e a bicicleta passa a ser o veículo mais requisitado. A Monark explora o momento em sua publicidade, na série 5 Estrelas de 1976, com a campanha "Operação Bicicleta". As vendas decolam, mas o principal carro-chefe da Monark ainda é a Monareta, que não parava nas lojas.

Em 77 surge a principal concorrente da Barra Circular, mas que só chegaria a incomodar mais tarde: A Caloi Barraforte. Em 79 a 3 geração enfim é reformulada com novo cobre-corrente envolvente e para-lamas arrendondados, que seguiria a toda linha Tropical 79, marcada pleos grafismos coloridos em padrão laranja e amarelo. No ano seguinte a série olímpica, em comemoração as olimpíadas de Moscou, e a então chamada Barra Dupla Circular passa a se chamar apenas Barra Circular, ganhando uma versão de luxo, a Super, com farol e dínamo, para-lamas e cobre corrente cromados e selim de duas molas. Essa versão seria ainda mais requintada em 81, ganhando câmbio japonês Shimano de três marchas aproveitado da Monark 10. Nesse ano, poucas mudanças além do apagado grafismo, mas o bagageiro é encurtado não mais passando à frente do tubo do selim, e de alça mais baixa que se tornou totalmente plana no ano seguinte. Com novas cores metálicas e cobre-corrente duplo, a linha 82 marcava o início da maior decolada da utilitária da Monark, que começa a superar o sucesso de vendas da própria Monareta que começava dar sinais de cansaço, e viria ser ofuscada pela Febre BMX. Chegaram a ser fabricadas as versões infantis aro 14 e 16, produzidas em paralelo com a Monareta mirim, e posteriormente aro 20, todas versões bastante raras.

 Em 84, enfim chega a 4ª geração, com mudanças superficiais do quadro mas detalhes esteticamente marcantes. O reforço do tubo superior encurtara alguns centímetros, agora totalmente embutidos por uma chapa metálica da cor dos para-lamas e do grande cobre corrente envolvente. A concorrente Caloi Barraforte chega na sua 3ª geração, com recursos de destaque como assento no tubo superior, e se torna uma forte oponente, mas a Monark ainda segue na liderança e em 86 lança a série especial Rei Pelé, em comemoração a copa do mundo, e no ano seguinte, a raríssima Asa Branca 87 em homenagem aos 40 anos da icônica canção de Luiz Gonzaga, e Humberto Teixeira. A linha TS desse ano trazia o novo logotipo, e cores de dois tons, mas o principal apelo comercial da marca que começava a se incomodar com a concorrente Caloi ainda era a robustez e resistência.

Em 90 chega 5ª e curta geração, com quadro redesenhado, mais simples, se torna um pouco mais leve, mas com a robustez que a caracteriza até os dias de hoje. Em 93, adota solda direta e abole os cachimbos, nasce então a 6ª e mais longa geração, a Supertubo, que adentraria os anos 90 até a segunda metade da década seguinte sem quase nenhuma alteração, apagada e secundarizada pela febre das Mountain bikes que invadiu o mercado e os apelos do automóvel popular. Isso fez surgir neo-colecionáveis raras dessa época, como a Especial 50 anos Monark de 1998 e seus grafismos dourados. O modelo entrou o século 21 amargando a perda de qualidade dos componentes que, com a crescente desindustrialização, não mais eram produzidas pela Monark, mas importados. Contudo a Barra Circular ainda seguia demandada por um publico fixo, principalmente no interior do país, e no início da década de 2000 ela retoma um novo vigor entre os jovens. Em 2005 a última série da geração Supertubo trazia nos grafismos a figura da águia relembrando as séries do inicio dos anos 70, e uma inédita opção de cor branca.

Como resultado do declínio que sofrera nas ultimas décadas, em 2007 a Monark fecha suas fábricas em São Paulo e Manaus, e transfere sua produção apara Indaiatuba-SP.  Após quase 16 anos finda-se então a Supertubo e em 2008 nasce a 7ª geração da Barra Circular, e que permanece até hoje. Dentre as sutis mudanças, o tubo da caixa de direção mais largo. de desenho semelhante ao da antiga Monareta. E em 2013, o bagageiro de tubo mais grosso. Atualmente a Barra Circular oferece 3 versões que se diferenciam pelo freio, contra-pedal, V-break, ou Inglês tipo varão, uma das poucas bicicletas atualmente a ainda sair de fábrica com este tradicional e confiável freio.

Apesar de não mais ser a mesma de outros tempos, tanto na qualidade dos componentes originais quanto no vigor de vendas, a Barra Circular segue sendo demandada principalmente no interior do país, devido sua resistência e confiabilidade, além da simples e barata manutenção, mas também é bem estimada entre os entusiastas para o uso urbano. A bicicleta do trabalhador parece ter seu êxito inesgotável, tanto que segue sendo copiada por diversos fabricantes de bikes e quadros, mostrando que a pioneira Barra Circular, mais que um modelo de bicicleta, se tornou símbolo da identidade da bicicleta Brasileira.

Conde L. Terranova

sexta-feira, 10 de julho de 2020

Restauração: Caloi Barraforte 1982.

Recentemente dando uma vasculhada no OLX em busca de uma bicicleta para restaurar, dei de cara com uma peça bastante interessante abandonada. O anúncio se referia a uma bicicleta Caloi Barraforte 79, canibalizada, sem guidão nem roda dianteria, mas posteriormente verifiquei que o ano dela é 1982. Rodei 21km atravessando a cidade e a trouxe rebocada na minha Barra circular. Abaixo publiquei uma sequência de vídeos desse resgate no meu canal:









História da Barraforte:

Substituindo a famosa Caloi Arco Duplo, a primeira geração da Barraforte foi lançada em 1977 para competir com a Barra Circular, grande sucesso da Monark, entrando na briga dentre as bicicletas utilitárias para uso rural e urbano cuja característica marcante é a robustez e a resistência para o trabalho e rotina diária de uso, bem como manutenção simples e barata. Além da Barraforte, entraram na briga também, as obscuras Peugeot Combate e Brandani BC2-A, esta última parecida com a Monark.
Inicialmente a primeira geração, que durou de 77 a 83, se caracterizava pelo bagageiro reforçado, e quadro com duas barras curvas embutidas por uma chapa de metal ligando o tubo do selim ao tubo inferior (Downtube), além de duplo cobre-corrente.

        Folheto de lançamento da Barraforte 77, (acima a Caloi Arco Duplo, sua antecessora) Foto: Museu da bicicleta - Facebook.

Em 1979 é lançada as versões Luxo e Super Luxo que contava com opcionais como farol e Dínamo japonês "Mitsuba", e novos grafismos coloridos. As versões da Barraforte aparecem no catálogo da Caloi como L e SL. Em 1981 é lançada a Super Luxo 3, que adicionava uma relação de 3 marchas com câmbio japonês Suntour, emprestado da Caloi 10, e os grafismos ficam mais sóbrios, com ângulos retos e com variação de cores conforme a cor da bicicleta.



A segunda geração da Barraforte viria em 82, conhecida também como Pescoço de Ganço pelo seu desenho pitoresco. Esta geração foi a primeira a contar com o inédito assento para passageiro no tubo superior, revestido de estofado, mostrando o esforço da Caloi em buscar soluções de versatilidade para desbancar a invencível Monark Barra Circular, que seguia na liderança invicta. Trazia também pela primeira vez, opção de sistema de freios a cabo de tipo "Side Pull".
Devido talvez ao seu desenho controverso, a nova Barraforte não viria a substituir a primeira geração, coexistindo juntas como versões diferentes.


 Catalogo Caloi 82, apresentando a Nova Barraforte, inicialmente na versão S, Foto: Museu da bicicleta - Facebook.





Em 1984, sai de linha a primeira geração, levando consigo também a segunda (Pescoço de ganço), e é lançada então a Barraforte GL, geração que ficaria sendo a mais conhecida por ter atingido sucesso relativo. Assim como ocorrera com a antecessora de 2º geração, o quadro ganharia angulo mais baixo, se adaptando a grande variação de estatura do brasileiro.


 3º Geração da Barraforte 1984, Foto: Museu da bicicleta - Facebook

 O refoço duplo do quadro sustentava assento estofado para passageiro e dois acabamentos plásticos próximo a caixa de direção, com a logo da Caloi. O quadro se tornava mais robusto e resistente, fato que garantiu algum espaço na dura concorrência com a Barra Circular. No ano seguinte, na linha 85, adotaria cobre corrente de peça única.
Provavelmente com os resultados positivos ao copiar características bem sucedidas da Monark Barra Circular, com a intenção de substituir a Barraforte de 3ª geração, já em 1986 a Caloi lança a Super C, carregando nomenclatura diferente possivelmente na tentativa de se desassociar da concorrente, trazia a mesma estrutura da antiga, mas com um conhecido elemento: O círculo como reforço do quadro. A nova Barraforte começaria então a perder sua identidade até se tornar uma bicicleta satélite de sua oponente da Monark. Contudo assim como ocorrera em 82 não substituiu a antiga, coexistindo com 3ª geração que continuaria em linha até pelo menos 1990, apenas como versões diferentes.

                                                                                         Barraforte 86

A Caloi Super C foi a penúltima geração da Barraforte, já com o mesmo desenho da sua concorrente Barra CircularFotos: Museu da bicicleta - Facebook.

A partir de inicio dos anos 90, sai de linha a Super C e chega a 5ª e última geração da Barra Forte, aposentando  os freios de tipo Inglês (varão), adotaria freios a cabo "cantilever" ou contrapedal, e aros de alumínio. Mais leve e de produção simples e mais barata já não tinha a mesma robustez anterior, o que deixava abaixo da Barra Circular que seguia com a mesma estrutura. A febre da MTB deixou o seguimento das bikes utilitárias, assim como todos os outros em segundo plano e a forte desindustrialização do país inundou o mercado de bicicletas e peças importadas, iniciando assim o declínio das duas grandes concorrentes nacionais Caloi e Monark, que já não produziam seus próprios componentes. A Barraforte permaneceria sem grandes alterações até ser, por fim, retirada de linha em 2011, como parte da reformulação da Caloi para a venda da tradicional fabricante brasileira a estadunidense Cannondale que ocorreria em 2013.

                                                        Ultima geração da Barraforte, aposentada em 2011.

Atualmente apenas a Monark Barra Circular continua em fabricação, dentre suas várias cópias de quadros de origem variada que inundaram o mercado. Embora nunca tenha atingido o sucesso de sua concorrente, a Barraforte marcou época pelo desenho bonito e original da sua primeira e terceira geração, sua versatilidade e resistência, além de curiosamente ter seu nome bastante conhecido a ponto de ser confundida constantemente, por costume de erro, à Barra Circular como se fossem a mesma bicicleta. Isso revela que o esforço publicitário da Caloi para emplacar a Barraforte deve ter sido tão grande que teve efeito contrário, beneficiando assim sua principal concorrente de nome semelhante.

Agradecimentos: Museu da Bicicleta - Catálogos e propagandas.

Conde L. Terranova




sexta-feira, 26 de julho de 2019

Restauração: Fiat Oggi 1984 série especial Pierre Balmain.

                 


 Após alguns anos o carro está parado, notei que as fotos do meu carro publicadas neste blog se espalharam entre os entusiastas de autos antigos, mas não estou reclamando autoria, pois se publiquei é para serem vistas. Retomo então sem delongas a restauração, e não dependendo mais do carro haja vista que meu principal meio de transporte é a bicicleta, o carro pode ficar parado para a desmontagem do acabamento:


Apos retiradas organizadas e guardadas peças do acabamento externo, para choques e forros de porta e laterais, vou começar a retirada do acabamento interno, painel e vidros.

Talvez alguém pergunte por que eu não posto o processo em um fórum de um clube de da familia Fiat 147 ou similares. Não posto por dois motivos, porquê fóruns estão ultrapassados, e tem dono. Sempre os detestei por isso.
Logo mais posterei a conclusão e novidades da saga da restauração do Oggi/Balmain, "O retorno".




Conde L. Terranova

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Brasileiros falando mal do Brasil nos EUA



Ao ver alguns vídeos de pessoas nos EUA, que preferem se esconder lá e criticar a o povo a cultura e a política deste pais virarem modinha na internet, decidi fazer este Vlog pra falar sobre o quanto essas pessoas vendidas são "úteis" para o desenvolvimento do Brasil.

Conde L. Terranova